Jogabilidade: 8,9
MW3 não é uma revolução no que respeita a inovação. Basicamente, pega no que já foi feito em MW2 e Black Ops e mantém, melhorando aqui ou ali duma forma séria e equilibrada. Talvez seja esta a grande mais-valia do jogo. O manter o que melhor foi feito e melhorar ainda o que poderia ser melhorado.
Modern Warfare 3 mantém uma das suas características de sempre, ritmo frenético da acção. A acção mantém-se a uma velocidade estonteante mas que acaba por esconder um ponto em que nunca houve interesse pela parte das equipas de desenvolvimento explorar, a componente da preparação táctica das missões. Basicamente entramos na batalha a frio, e não há qualquer preparação prévia, o que em algumas missões poderia ser interessante. No entanto, a história genética de CoD é assim mesmo e MW3 manteve-se fiel.
As missões são bastante diversificadas e com dinâmicas muito próprias, como por exemplo, num momento estamos a tentar sequestrar e destruir um submarino no porto de Nova Iorque, como noutro estamos a tentar salvar o presidente da Rússia numa tentativa de rapto em pleno voo, ou a tentar salvar a sua filha numa das maiores minas da Sibéria, como noutro estamos a pilotar um mini-blindado telecomandado a abrir caminho aos nossos camaradas, ou deixarmo-nos deslizar por uma ribanceira abaixo desviando-nos dos edifícios em queda.
Uma das sequências que mais apreciei foi quando numa missão (creio que em Paris) se alterna entre o controlo do Capitão Jonh Price (creio também) no terreno, rodeado por inimigos, e o controlo dum avião não-pilotado eliminando esses mesmos inimigos. São exemplos de dinâmicas destas que fazem CoD uma série de referência nos jogos de guerra actualmente.
Alguns bugs aparecem aqui ou ali, e uma coisa que me aconteceu por duas ou três ocasiões durante o jogo e, que curiosamente já tinha acontecido em Black Ops, foi ter ficado preso por duas ocasiões em “bugs” do cenário e ter tido de re-iniciar o nível para ultrapassar o problema.
Em algumas ocasiões houve uma tentativa de introduzir algumas sequências de CutScenes dinâmicas que acabam por fazer uma boa ponte com o que pretendem transmitir. Por exemplo existe a determinada altura a possibilidade de “jogar” novamente a cena do Aeroporto em MW2 e que levantou grandes problemas a nível de censura, de forma a percebermos um pouco mais sobre a história de Yuri. Embora duma forma objectiva, não traga nada de mais ao jogo, acaba por ser um boa introdução (embora não inédita).
Ao longo das missões, existem espalhados pelos cenários diversos portáteis das forças inimigas com informações secretas que podemos ir apanhando e que nos dão pontos extra, mas o ritmo do jogo é tal, que o que acontece na maior parte das vezes é avançar o mais rapidamente possível sem os procurar sequer. Felizmente podemos jogar os níveis novamente após os passar.
Estes pontos menos bem conseguidos não conseguem no entanto retirar a Modern Warfare 3 o titulo de melhor jogo da série Call of Duty. É realmente um jogo a ter em conta para todos aqueles que querem guerrear.